sexta-feira, 22 de maio de 2009

Vida de estudante.

O meu irmão trouxe um teste negativo para casa. Tendo sido este o primeiro (e último, espera-se) teste negativo dele, houve algum drama por cá.
Isto fez-me lembrar a primeira vez que eu tive um teste negativo.

Em toda a minha vida escolar só tive duas negativas em testes, e nenhuma no final do período. À semelhança do meu irmão o meu primeiro teste negativo foi a Ciências, no meu 7º ano, como ele. Lembro-me perfeitamente. Cheguei ao teste e deu-me uma branca. Não me lembrava de absolutamente nada, lembrava-me do meu nome e já ia com sorte. Acho que devo ter respondido a uma ou duas perguntas, entreguei o teste e sai da sala de tão nervosa que estava por não me lembrar de nada. Só pensava que ia ter uma negativa...
Cheguei a casa e não disse nada aos meus pais.
No dia seguinte ia ter teste de inglês. Passei a noite toda em branco a pensar no teste de Ciências e apavorada por pensar que o mesmo podia acontecer a inglês. E assim foi, no dia seguinte, fui fazer o teste de inglês e correu-me mal, não pior que o primeiro teste, isso seria impossível, mas mesmo assim mal.
Uma semana depois chegaram os resultados. Maus resultados. Duas negativas, e uma delas incrivelmente baixa, a de Ciências. Na altura os meus pais ainda tinham de assinar os meus testes, então tive mais de uma semana com os testes escondidos na mala, até que tive que mostrar porque os professores todas as aulas me perguntavam pelos testes assinados.
Na altura fiquei admirada quando mostrei os testes aos meus pais. Eles ficaram chateados, não por eu ter negativa, mas sim por não lhes ter contado, o que me fez ver que eu não precisava de ter medo deles, eles são os que mais me querem ajudar.
No teste seguinte de Ciências tive Excelente. E até ao final do ano só tive testes de mais de 90% a essa disciplina. A Inglês é outra coisa, nunca mais tive uma negativa, mas inglês é a minha pior disciplina, tanto antes como actualmente (tenho 14 valores, de 0 a 20).

Espero que o meu irmão agora tenha mais cabeça e comece a pensar que tem de estudar. E espero que, á semelhança do que eu fiz, não tenha também negativa a inglês.

4 comentários:

Kate disse...

As minhas histórias são outras, desde o 5º ano que me habituei a trazer negas para casa, e isso resultava em sermões e castigos, e se queres que te diga... Agora já poucas negativas tiro, mas os castigos e sermões não me ensinaram nada.
É muito bom que tenhas aprendido por ti, e que os teus pais tenham compreendido (:
Beijinho B. *

Leonor disse...

Eu só deixei de ter muitas (olha que eu tinha bastantes, chegava a ter 5 ou 6 negas no final do 2º período, acabando sempre o ano com 0)quando entrei para o 10º, as negativas que tenho são sempre a Matemática (o horror da maior parte da comunidade estudantil)

Ana disse...

n me posso solidarizar c a tua dor! de facto foi preciso xegar a faculdade, para tirar negas atrás de negas! e negas tipo de 0,5 e 2 e isso, mas tbm n tecniko isso e normal nos primeiros anos! ptt, nk m senti mal! :) assim ja tas habituada kdo xegares a faculdade :P

M disse...

A minha única nega nunca a mostrei aos meus pais. E até hoje, ninguém sabe o que aconteceu a esse teste, porque a professora ficou doente e não voltou à escola e mais não sei quantas desculpas.
Sinceramente acho que eles perceberam mas deixaram pessar, à espera do próximo teste. Mas acho que nunca desconfiaram que tivesse sido nega, acharam que foi um 11 ou assim.
Mas também me lembro de uma vez ter tido uma nota muito inferior à que esperava e também demorei algum tempo para lhes mostrar. E quando mostrei eles chatearam-se pela mesmo razão dos teus, por ter escondido e não ter enfrentado os meus "erros" nem as suas consequências.