domingo, 23 de maio de 2010

Pena de morte

Toda a gente sabe do que se trata a pena capital: é uma sentença aplicada pelo poder judicial que consiste na execução de um indivíduo condenado pelo Estado.
Num debate em que estive presente a semana passada sobre este assunto, com pessoas da minha idade, a turma, infelizmente, dividiu-se em duas opiniões. Uma questão delicada mas que me parece de resposta simples, originou uma discussão enorme.

Dizem uns, a maioria, que a pena de morte deve ser aplicada, que faz falta cá em Portugal para pôr ordem. Que alguém que mata deve morrer, justiça aplicada cegamente. Que irem para a prisão para depois saírem e voltarem a fazer o mesmo está errado, mais vale mata-los ali para não fazerem mais ninguém sofrer. Pergunta-se se sabem para que serve as condenações, se sabem o que é tirar uma vida, se isso é justo e respondem coisas que não tem a ver. Voltam aos mesmos motivos de que ninguém deve matar (contradição?) e alguém que o faz deve morrer. Puros sentimentos de guerra: vingança e ódio.

Dizem os outros que, tal como os primeiros dizem, ninguém deve matar. Não deve ser quem deve ensinar e zelar pela não violência o primeiro a condenar à morte, a não dar uma oportunidade de arrependimento e de aprendizagem pessoal. Claro que revolta, claro que custa, mas não há nenhum ser humano que tenha o direito de decidir se uma outra pessoa deve viver ou morrer. Não é matando que vamos impedir que matem.


Por principio, sou contra. E faz-me muita confusão ver os futuros adultos deste pais com tanto ódio na cabeça, tanta sede de vingança… Muito mal nos espera, se assim continuarmos.
Qual é a vossa opinião?

7 comentários:

Papoila e Orquídea disse...

Obviamente, contra.


E sinceramente choca-me, tal como a ti, que isto ainda seja uma questão controversa para este país. Choca-me que haja gente jovem convicta do que dizes. Enfim... Cabe-nos a nós tomar a liderança, que também somos o futuro=)!

Inês Santos disse...

sou totalmente contra a pena de morte.
as pessoas têm que ter o direito de se redimirem do que fizerem e terem uma segunda oportunidade de fazerem as coisas correctamente. é a mesma lógica que um.a aodlescente sair à noite há meses. mas numa noite ficou em coma.
os pais, obviamente, põe-n@ de castigo. mas vão proibi-l@ de sair pelo resto da vida só para terem a certeza que nunca mais acontece?
claro que não. há outras formas das pessoas pagarem pelo que fizeram. e nem falo de prisão. uma pessoa que comete um homicidio, e estiver (nem que seja mais tarde), sem qualquer disturbio mental, irá sentir uma culpa agonizante, uma vergonha de si mesma. a morte não é dolorosa para quem a sofre. é para quem fica.
vá, a única coisa que concordo que fique minimamente perto da pena de morte é cortarem as pilinhas dos violadores aos bocados bem pequeninos, sem anestesia, num processo lento e doloroso, macabro até.
e um acompanhamento psiquico forte, bem forte. uma pessoa que faz e gosta de fazer sexo com pessoas completamente contrariadas, enojadas ou até inconscientes tem graves disturbios mentais.
é que acho que nem os culpo, coitados. não podem mesmo ter noção do que estão fazer. é algo tão nojento, tão baixo, de quem dá tão pouco valor a si próprio que tenha que recorrer à mais suja, horrível, nojenta, desprezível e miserável forma de satisfazer o seu desejo sexual.

Ana disse...

sou a favor, mas com limitações. tnh as mnh razoes. já referi isto num post no meu blog há alguns meses... foi 1 tema polemico, sem duvida.

B' disse...

Pode dizer qual é o link do post? Gostaria de o ler. :)

E, se as razões não forem demasiado pessoais, poderia dizer porque é que é a favor?
É sempre bom ouvir os dois lados, quando há igual respeito de opiniões. :)

Ana disse...

http://billasworld.blogspot.com/2008/05/pena-de-morte-sim-ou-no.html

dps de mto procurar, la o encontrei ;)

Inês Santos disse...

e matar policias?
desculpem, hoje estou muito enervada.
razão: vê o meu ultimo post

Anónimo disse...

quem defende a pena de morte não conhece quase nada de História... nem da quantidade de pessoas INOCENTES que foram,são e provavelmente, continuarão a ser executadas. o castigo de sofrer duarante a vida inteira é para mim, partícula desta sociedade, a forma eficaz que pagar à sociedade o mal que praticou.