sábado, 28 de agosto de 2010

Politiquices

Não percebo tanto de politica quanto gostaria, mas há uma coisa que eu sei sobre politica: toda a gente tem algo a dizer.
Nos cafés, nos intervalos de trabalho, nos almoços de família, nos casamentos, nas festas de aniversários, no percurso de metro. Seja com quem for, sobre o que for, a conversa vai sempre parar à política.

Diz-se mal da economia, comenta-se o crescente desemprego, diz-se mal dos bancos.
Diz-se mal da justiça, comenta-se a vergonha da lei, diz-se mal da corrupção.
Diz-se mal dos imigrantes, que só cá vêm tirar o nosso emprego, a nossa comida, a nossa casa, o nosso dinheiro, o nosso país. Que deviam ser exportados, exilados, que voltem para o seu país.
Compara-se Sócrates a um Hitler moderno, a esquerda à promiscuidade cobarde, a direita a irreflectidos ditadores.

No fundo, para um cidadão comum se mostrar conhecedor de política basta uma coisa: dizer mal de tudo.

Mas como eu mantenho a esperança ingénua de que as pessoas não gostam de ser apenas comuns e dizer mal de tudo, deixo aqui o meu apelo.

Aprendam sobre política, sejam cidadãos activos no partido que querem que vos represente, tentem fazer alguma coisa se não concordam com nenhum partido em particular, participem em manifestações, falem com razão e, principalmente, ajam.
Em vez de sermos políticos de almoços de sábado podemos ser cidadãos a decidir o futuro do nosso país. Basta querer, e não ocupa assim tanto tempo.

Afinal, tudo é política.

4 comentários:

Pipoque disse...

Acho que está nos genes dos portugueses queixar-se de tudo quando não tem nada para fazer. Nunca nada está ao nosso jeito!

Anónimo disse...

Tu neste post fazes o mesmo, limitas-te a dizer mal. Que moral tens para mandar as pessoas aprender sobre política e agir?

B' disse...

É que este post é, principalmente, dirigido a mim. ;)

No entanto, não vou aceitar a critica no seu todo.
Não tenho moral nenhuma para mandar as outras pessoas fazerem o que quer que seja, nem que fosse a Presidente.
Mas não me limito a falar, deixo sugestões que faço intenções de realizar.

E!, principalmente, assumo a responsabilidade deste texto. Não assino como "anónimo".

Ana disse...

;)