Quando estava a fazer
este post, estava a tentar só passar as partes que achava mais importantes, mas à medida que ia lendo, ia achando que praticamente tudo devia ser lido. Como não fiz o comentário que queria
naquele post , faço agora.
Ao ler a notícia sobre a AMPLOS, penso logo na minha mãe. E logo depois em esperança. Uma, à primeira vista, para mim, parece que é o contrário da outra.
(Primeiro a parte da mãe) Quando eu estou com algum problema, alguma coisa que me deixa nervosa sem conseguir dormir, é à minha mãe que eu penso ir contar, para ela me ajudar, para me acalmar.
Sou uma menina da mamã. Mas por outro lado,
uma das coisas que eu mais lhe queria dizer era o facto de ser homossexual, mas
não consigo dizer! Não sei porquê, talvez por recear a reacção, coisa que num mundo perfeito nem deveria temer.
É uma parte bastante importante de mim e da minha vida, e, sendo ela a minha mãe, deveria de me aceitar – acho a palavra aceitar um bocado estúpida nesta situação, aceitar parece “
Ah, coitada, não tem culpa, eu aceito-a, para fazer um favor à sociedade e me sentir melhor comigo mesma”, mas falta-me uma palavra melhor – como sou.
(Agora a parte da esperança) Ao ver associações destas, vejo que o mundo, mais
propriamente as pessoas, estão a evoluir, estão a começar a perceber os erros que cometeram anteriormente e estão a fazer um esforço para mudar.
A meu ver, os pais são bastante importantes na vida de uma pessoa, e a maioria daria tudo para ter uma boa relação com os pais. E uma boa relação passa pela sinceridade, pela
verdade. E a verdade, de ser homossexual neste caso, infelizmente já causou muitos danos em boas relações.
E deixa-me com esperança ver pessoas, mães, pais, a começarem a recuperarem as boas relações, a assumirem os erros que fizerem. E pais e mães a não fazerem da orientação sexual dos filhos um grande drama sem solução.
(Agora as duas partes juntas) Então eu
junto a minha mãe mais esperança e dá-me igual a felicidade. E é assim que eu espero que seja. Não sei se será tão simples, ainda não vivemos no meu mundo perfeito.
Mas a esperança é a ultima a morrer, certo?